segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Mais um dia se passou. Deitei depois de alguns minutos, por vezes horas, olhando fixamente o teto, ou o celular. Mais uma noite, enfim, passou. Consegui fechar meus olhos e cai no sono, de repente assim, quando achava que já não ia conseguir, dormi. Um dia e uma noite se passaram, e eu consegui. Consegui chegar ao fim de mais um dia, ali deitada, esperando subitamente cair no sono de novo, esperando meu abrir dos olhos ao amanhecer, pra que me sentisse aliviada. Aliviada por não ter seguido meus instintos, talvez devaneios, já não sei. Foram dias após dias, até perceber que fazia parte de mim. Sim. Instintos, devaneios, sentimentos. Não se tira sentimento como se tira uma roupa. Assim poderia ser, ao me despir todos os dias, tira-lo de mim, nem que fosse por alguns instantes, fico imaginando como me sentiria. E tudo bem, eu continuo imaginando apenas, poderia ser pior, quem sabe. Sempre fui adepta dos instintos, por mais irracionais que fossem, mas um hora a gente cansa, e percebe que ser racional às vezes não é de todo ruim. Não foi por falta de tentar tirar de mim, não, tentar com forças mesmo, eu tentei; e continuava ali, em meio a tantos pensamentos esparsos, entre tantos gritos internos, ainda era aquele nome que ecoava mais alto. Acho que é simples, meio injusto, mas simples; tem pessoas que resolvem fazer morada dentro de nós, sem prazo determinado, sem nosso consentimento. Percebi que se a gente não pode mudar como eles se comportam dentro de nós é mais fácil fazer uma boa morada, ao invés de insistir incansavelmente em mudar seus hábitos.  Tenho tentado dançar conforme a música, pra variar, e “me fazer casa de sentimentos bons”, mesmo que alguns insistam tanto em machucar. Tem coisas que não depende de nós pra mudar, então a gente deveria aceitar, não é certo nos perturbar. Queria às vezes fazer tudo errado de novo, mesmo sabendo qual o fim da história, lutar contra todos esse motivos racionais que fazem eu me comportar, mas no fim, eu só respiro fundo mesmo, e espero mais um dia se passar.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Tem gente que se acostuma a amores ruins. Sim, insistem em chamar de amor, mas é apenas uma fantasia melancólica da insegurança. Esse "amor" é vicioso, e nenhum vício faz bem. Um amor ruim te deixa mais viciado do que o genuíno e bom amor, por te fazer acreditar que você não merece aquilo que realmente te faz bem, e você acaba voltando então ao vício que te prende, por medo de viver algo que te liberte e que te faça ver a vida com outros olhos. Mudanças geram medo, claro, mas vícios geram estagnação, e não há nada pior do que viver enganando o próprio coração, ou mesmo se prender a um passado e ter um presente e futuro em vão.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Esvazio-me então, como qualquer recipiente com conteúdo esgotado e "ebulitivo", como o próprio líquido efervescente, que de tanto se manifestar, em desespero, em algum momento, deixa de existir. Por alguma química, além de sua força, evapora. Uma leve e nebulosa fumaça, perto de algo que um dia existiu de maneira tão concreta. 
Enfim, esvaziam-se recipientes assim como corações, invertem-se prioridades, trocam-se planos, uma nova música começa a tocar. Mas o café continua ali, no mesmo lugar, porque há coisas que, enquanto fazem bem, não precisam mudar, não deviam, muito menos, evaporar.

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

E se o vento me soprasse tudo o que você sentia? Já pensou que louco seria? Quem sabe eu te entenderia, e até permitiria me jogar dentro do seu caos. Porque desse teu mal eu não morro, meu coração é que nem bicho solto, meu sentimento é livre pra te procurar, não consigo segurar, e pode apostar, aqui dentro do meu peito é bem mais tranquilo, a liberdade em demonstrar amor supera qualquer rancor. Chame de loucura se quiser, mas razão não combina com nenhuma emoção, e deixo as noites de insônia apenas pro teu colchão.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Ela tinha um encanto soberbo, mas era inteligível, pois era único, daqueles que acontece uma vez na vida. Ela estava longe da perfeição, mas até cada defeito dela me levava a crer que ela era do jeito que eu sempre quis. Ela era louca, mas me deixava cada dia mais louco por ela; e aquele sorriso, me tirava a alma. Ela ria com tanta leveza que nem parecia que podia me encher de tapas no auge da sua fúria. Cada vez que eu colocava meus olhos nela meu coração se apaixonava mais uma vez, e quando ela me abraçava, tão pequena, eu sentia que podia lhe dar o mundo. Eu podia ficar com raiva, mas que não passasse de um dia, era só lembrar daquele jeito indecente de me olhar com os olhos cheios de lágrimas ou aquela boca tão delicada implorando tacitamente por lhe tomar em meus braços. Ela causava uma alegria imensa pro meu coração, só pela sua companhia, e já compensava todos os desentendimentos do dia. Sua mãos tão delicadas, seu carinho era tão suave que eu ainda consigo sentir na pele. Podia conversar com ela horas a fio, ela conseguia falar de tudo, mesmo que nem soubesse sobre o assunto. Se era orgulhosa? Nossa! Mas eu admirava sua confiança, e entendia suas fraquezas, sei que tinha muitas e também muitos medos, porém eu lhe dava minha compaixão e fingia que não os via, porque pra mim, ver ela orgulhosa e feliz era o que importava, e o que também me fazia feliz. Era um amor, um encanto, uma loucura tão pura, era minha paz mas era também toda minha inquietude, era o que eu queria viver todos os dias antes de fechar os olhos, era ela que eu queria ver todas manhãs, sendo da maneira louca ou doce que ela tanto pode ser, mas era só ela, do jeito dela, e mais ninguém. Não era um amor sereno, mas me fazia sentir vivo, era um furacão de emoções. Eu nunca deveria ter deixado ela partir, não importava se era soberbo, era do seu encanto que eu sentia falta, era só disso que eu precisava, era do riso dela, dos tapas dela, da imperfeição que me era tão perfeita, daquele amor maluco que me tirava o fôlego todos os dias.  


sábado, 22 de novembro de 2014

Hoje eu acordei precisando de você. Hoje, tudo o que eu mais queria era sua mão tão cheia de ternura acariciando meus cabelos e me dando um conselho sensato que eu tanto preciso. 
Hoje eu queria sentir seu cheirinho, me encolher no seu colo, te abraçar com toda minha força e minha saudade. Hoje eu queria fechar os olhos e sentir sua respiração ao meu lado, me confortando e me dando aquela paz que eu nunca mais senti depois que você se foi. Hoje eu queria teu amor, aquele amor que me faz tanta falta, aquela voz que me acalmava, e principalmente suas palavras tão sábias. Hoje eu precisava da sua fé pra me fazer sorrir e acreditar que tudo na vida tem solução, eu sei que tem, você me ensinou, mas com você do lado era tão mais fácil acreditar nisso. Hoje eu acordei com meu coração doendo. Me falta uma parte, me falta o chão, me falta o ar, me falta você.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Às vezes a gente sente falta de ser o motivo do sorriso espontâneo, de ser a causa da lágrima sincera, do suspiro dormindo, do sonho acordado, da música nostálgica, do pensamento aturdido, do coração apertado. Faz falta ser lembrado, não importa como, a gente quer fazer falta. 
Colocar sentimento verdadeiro na vida de alguém é a maior saudade que você pode deixar.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Enfim, o dia nasce mas não apaga o anterior, nem os tantos outros que ja se passaram. Há dias que se eternizam, e não depende de nós lembrar ou não, é involuntário. Uma noite de insonia com a consciência tranquila é melhor que muitas noites de sono tentando fugir dos mesmos erros, ao acordar o dia anterior vai ser só mais um pra você carregar, e aí, meu amigo, boa sorte com tanta bagagem. De nada adianta dormir arrependido e não fazer nada pra mudar no dia seguinte, ou dormir com medo de se arrepender e não saber se haverá outro dia pra viver. O dia de hoje pode ser lembrado por todos os outros, cuide bem de cada dia, porque a vida não passa de um grande infinito de lembranças, uma lembrança, ora, também não se apaga com outras, apenas se acumula, e no fim, só resta viver delas, e com elas.