segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Doce sina!

Noites que acendem a alma, o desejo de cultuar o belo, a expressão que aflora das batidas de cada música, os sons que levam a transcendência dos corpos, movimentos imersos na emoção, a espontânea vontade de brilhar, o sublime ato de dançar... Isso fez parte do meu fim de semana, os festivais foram lindos, senti um prazer inigualável, o nervosismo não deixou de estar presente, mas foi posto em segundo plano, me dediquei a cada passo e a cada minucioso movimento, foi uma diversão dentro de muita dedicação, um trabalho gratificante de um ano inteiro. Semana que vem tem reapresentação, e eu quero sentir tudo de novo! Eu só tenho a agradecer, por tudo o que sinto em cima de um simples palco, um sentimento que só pode emanar de algo divino, juntando a força do corpo com a sensibilidade da alma.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Discriminação ou respeito ?

Hoje eu dediquei parte do meu tempo a pensar em coisas que acontecem no nosso dia-a-dia, injustiças cometidas pelas diferenças de idade entre jovens, adultos e idosos, tudo bem que esse tempo foi bem pouco, já que eu dormi a tarde inteira e depois me esforcei bastante nas aulas de ballet, mas enfim, foi tempo suficiente pra eu pensar nas ocasiões e fatos que me entristecem muito, pela falta de compreensão das pessoas com as outras, ou por mera discriminação, onde nós jovens não podemos defender um ponto de vista perante a alguém de mais idade, já que somos considerados menos sábios, ora, mas eles estão em nossa sociedade para aprender com os erros assim como nós. Quando um idoso é totalmente provido de discernimento e bom senso para manter um diálogo, por que não mostrar a ele quando estiver cometendo uma injustiça ao julgar você e seus sentimentos ? Se sua saúde for frágil é claro que devemos levar em consideração e tolerar certas atitudes, mas não os excluir de saber o que ele faz de errado.
Gostei muito desse texto a seguir, ele expressa tudo o que estou sentindo e a torpe realidade...


"A característica da relação do adulto e do jovem com o velho é a falta de reciprocidade que se pode traduzir numa tolerância sem o calor da sinceridade. Nao se discute com o velho, nao se confrontam opiniões com as dele, negando-lhe a oportunidade de desenvolver o que só permite aos amigos: a alteridade, a contradição, o afrontamento e até mesmo o conflito. Quantas relações humanas são pobres e banais porque deixamos que o outro se expresse de modo repetitivo e porque nos desviamos das áreas de atrito, dos pontos vitais, de tudo o que em nosso confronto pudesse causar crescimento e a dor! Afinal, se a tolerância com os velhos é entendida assim, como uma abdicação do diálogo, melhor seria então dar-lhe o nome de banimento ou discriminação e não de respeito aos mais velhos."

( Memória e Sociedade - Lembrança dos Velhos, de Eclea Bosi)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mente prolixa

Todo mundo deveria saber o quanto somos pobres fantoches manipulados por nossas mentes, algumas mais sádicas, outras mais moralistas, outras psicopatas, e assim em diante. O que me deixa com raiva é saber que somos tão frágeis por isso, ficamos pensando em tantas coisas ao mesmo tempo, nos preocupando com mil problemas e arranjando mil soluções, dizendo e contradizendo, girando em torno de tantos pensamentos que no fim não nos tiram dúvida nenhuma. Nossa mente da tantas voltas, e reviravoltas, passando por várias dimensões e situações, pra no fim acabar sempre tendo um ponto fixo pra voltar, sem ter trazido benefício algum com tanta confusão! Por isso que fico sempre na dúvida de acreditar e seguir meus instintos, é fácil você querer algo, mas também é fácil "desquerer", então como vamos saber o quanto desejamos algo se daqui alguns segundos não sabemos o quanto isso pode se tornar indiferente para nós ? Por que arriscar perder momentos por coisas que nem sabemos se desejamos de verdade ? E pra que não fazer o que queremos por motivos irrelevantes ? Não é fácil entender e acompanhar o percurso de tantos pensamentos que passam por nossas cabeças, eles se perdem em meio a tantas perguntas sem respostas e respostas incompletas. Eu sei que sempre vão haver dúvidas, mas pra que tanta confusão ? Por que não deixar que as respostas fluam naturalmente e seguir nossos instintos sem medo da nossa mente estar pregando só mais uma peça ? Há tantas certezas que se desfazem por tanta prolixidade dos pensamentos, por que ainda não inventaram um simplifcador de mentes ? Será que sabem o quanto seria útil ?