domingo, 19 de dezembro de 2010

Ausência de léxico

É exatamente pelo nome deste post que andei sumida, além do que, andei viajando, e por Deus, foi uma daquelas viagem que você nunca mais vai, e nem quer, esquecer! Um cruzeiro delicioso, aquela decoração com puro luxo e glamour, e sem falar nos shows baseados nos musicais da Broadway. Eu deveria ter filmado tudo, mas viver aquilo foi suficientemente memorável, como eu já havia dito que desejava que fosse minhas férias no último post. Até agora me dei bem né, e vou lhes falar que depois que soube minha última nota na faculdade tudo está me parecendo BLUE.

Enfim, a viagem me afastou daqui, mas antes disso eu já estava sem nenhuma inspiração, ou sequer alguma forma de expressão. Eu, que adoro me expressar com palavras, melhores ainda escritas, que ficam suaves pela moldura de cada letra ao olhar de cada leitor, optei esses tempos pelo silêncio, e talvez por isso eu esteja tão confusa. Alguns se encontram melhor no silêncio, na solidão, não eu, parece que minhas vontades não condizem com minhas atitudes, e quanto mais tempo passo sozinha pensando no que quero, menos sei. E quanto mais me afasto pra conseguir chegar a uma conclusão, menos encontro saídas viáveis e úteis.

Quem pode compreender o que está se passando dentro da minha alma além de mim ? Me faltam palavras o tempo todo pra expressar o que eu realmente sinto, e quando tenho certeza de algum sentimento, logo vejo que já não tenho mais, e as palavras que estavam quase na ponta da língua, prontas pra sairem pulando, se esvaem, fogem pra bem longe da minha memória de mosca.
Se me faltam palavras pra escrever, imaginem só como está minha vida pessoal? Tenho meus motivos pra já ter gastado todo meu vocabulário tentando e tentando resolver os problemas, mas parecia que nunca iam faltar palavras pra eu conseguir argumentar a meu favor, e só hoje eu vejo, que meu dicionário mental se fechou temporariamente, assim como a minha vontade de tentar mudar as coisas com a gramática.

Gastei saliva demais nos meus relacionamentos (tudo bem que é o meu jeito, sinto muito, se não gosta suma!), mas mesmo sabendo que isso faz parte da minha personalidade, é muito frustrante quando não se tem o resultado que se espera, e pra mim é desgosto demais gastar minha voz que já é rouca por causas que não tem mais fundamento, nem solução.

Chega em um momento em que a falta de léxico te motiva a agir, você não precisa falar, escrever, nem ouvir, só agir, e é assim que tô aceitando essa minha fase, as minhas atitudes estão guiando meu caminho agora, e não há mais palavras a serem ditas que possam mudar o rumo dessa história. Já não dizem que atitudes valem mais que palavras ? Acho que tá na hora de deixar minhas aulas de português de lado, assim eu poupo minha voz chata e rouca, e minha mente cansada de tentar achar saídas através de intermináveis conversas. Pelo menos ainda consigo escrever pra desabafar...




sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Contagem regressiva

Realmente não há mais chances de se querer buscar mais algum tipo de aprendizado e conhecimento nesse estágio de fim de ano! Quanto mais eu penso nas férias mas eu vejo o quanto preciso delas, e não é só pra não fazer nada o dia inteiro não (isso eu já fiz demais), é pra aproveitar muito, tudo o que eu não aproveitei o ano inteiro, as pequenas coisas do dia-a-dia que esquecemos de dar valor por tanta correria ou por tanto tédio e vontade de não fazer nada quando se tem uma faculdade ou um trabalho pra encher sua cabeça de informações até te deixar cego e anestesiado para as melhores e mais simples coisas do cotidiano.

Quero aproveitar o sol escaldante, a chuva de verão, esses dias ensolarados ou chuvosos, essas noites frias e excitantes, eu quero aproveitar tudo sem nenhumazinha preocupação, quero respirar aliviada com aquele olhar no horizonte de dever cumprido, e por um fim de uma vez em todas nessas provas semestrais infernais, pra não falar "do caralho" (ah é, falei!).

Vai chegando Dezembro e com ele a sensação de mais um filme acabado, aquele filme que passou rápido pra alguns e demorado pra outros, inesquecível e extraordinário ou só mais um mero filme nas prateleiras da sua filmoteca, mas que de um jeito ou de outro, foi o seu filme, e chegou ao fim. E aí vêm o desespero de aproveitar o que eu não foi aproveitado, se jogar no mundo, fazer coisas alucinadas e inconsequentes, ou não, curtir tudo na maior paz, no maior sossego, pra que cada dia das férias dure quase uma eternidade!

Então, depois de ter me preocupado ( ou não ) com tantas coisa ao longo desse ano, ainda restam algumas provas pra contagem regressiva terminar. Tô afim de ligar logo o REC do meu filme mais uma vez, já que só o ligo pras coisas boas, porque de filmes de drama já basta os que o meu namorado adora alugar, e com certeza o meu, merece uma classificação de comédia, e é previsível o final feliz...

Essas férias, eu espero que sejam, divertidas e animadas, sossegadas e revigorantes, mas, já basta se forem memoráveis! Só preciso sair dessa rotina...


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Infeliz conveniência

Tive que vir pro escritório trabalhar, trouxe meu caderno e meus livros da faculdade com o intuito de dedicar alguns minutos do meu tempo a eles, mas até agora não obtive sucesso nessa tarefa. A primeira coisa que faço ao chegar aqui no escritório é ligar o computador e entrar nos sites mais (in)úteis do meu dia ( orkut e twitter ), e quando eles estão mais chatos que eu, venho aqui relaxar e ler meus blogs favoritos. Aí, ao invés de estar estudando, começo a pensar em mil coisas, e pensei hoje em como a palavra " conveniência " não me soa bem. Geralmente, quando eu preciso de um favor de alguém, eu vou a essa pessoa e peço educadamente o que preciso, não importa se não sou amiguinha dela ou não, se preciso, vou e peço, sou sincera e não arraganho os dentes em troca de favor, junto com meu pedido se surgir um sorriso, ótimo, acordei de bom humor. Se gosto de uma pessoa, eu gosto de verdade, vou confessar que meu amor não é dos mais fáceis e assanhados, demoro um bom tempo analisando uma possível relação de confiança com essa pessoa, sempre fiz isso e nunca fui de me abrir contando os maiores babados da minha vida pra qualquer um, tive um lado reservado durante a maior parte da minha vida e por isso nunca me considerei uma rainha pop, embora hoje em dia eu goste mais de compartilhar minhas aventuras com quem me rodeia, mas, tento me policiar mesmo assim. A verdade é que, nunca me aproximei de alguém tentando criar um laço de "amizade" para conseguir algo pessoal, a amizade que eu falo, é fazer mil promessas, demonstrações de afeto intenso, se mostrar interessado e preocupado com a vida da outra pessoa enquanto dura a tal conveniência. É claro que as pessoas precisam umas das outras pra evoluirem e conquistarem muitas coisas, mas dai usar infielmente de uma coisa que era pra ser tão verdadeira e eterna como uma amizade, é falsidade demais, e por isso que não se vêem mais amizades sinceras hoje em dia, porque muitas pessoas só encaram isso como uma conveniência, acham que a amizade deve ser garantia de algo, e se não tiverem o que precisam da relação, a descartam! É um assunto tão extenso que eu poderia ficar aqui escrevendo o dia inteiro ( e na verdade eu posso, já que estou sem fazer nada! ), atitudes que eu fico observando das relações e sorrisos a minha volta, chega a me dar uma certa agonia de saber que não se pode confiar em quase ninguém. A conveniência impede qualquer tipo de afeto verdadeiro, é uma relação de interesse, muitas vezes até recíprocos, e isso só polui a vida, não deixa que as pessoas enxerguem o quão incŕivel pode ser uma relação verdadeira de cumplicidade. Pode ser que no fim das contas, as amizades se resumem em só você ser sincero com você mesmo, sobre o que você sente pela pessoa, sem esperar nada em troca, apenas amar sem esperar ser amado, se doar em amor ao próximo se você julgar essa pessoa merecedora do seu afeto, pelo menos, os próprios sentimentos a gente pode entender e confiar mais! Já é complicado entender a si próprio, imagine entender os outros, com diferentes formas de pensar, diferentes gostos musicais, no mínimo tentamos nos aproximar de pessoas um pouco semelhante a nós, mas depois percebemos o quanto somos diferentes. E é ai que está a amizade que nos faz mais feliz, construir o amor em cima das semelhanças e cultiva-lo pelas diferenças, saber admirar o que se tem de melhor no carácter do seu amigo, e aceitar sua maneira de viver, partilhar momentos de alegrias e tristezas podendo contar com todo carinho e preocupação da verdadeira amizade. Quando há sinceridade consigo mesmo, há também com o próximo, por isso que devemos dar a valor ao que sentimos, sem pedir nada em troca.

E quanto a conveniência... Vamos deixar pros infelizes!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Boa sorte, Brasil!

Mais uma eleição para os currículos de cidadania do nosso povo brasileiro, mais uma insaciável e profana forma de iludir a nós mesmo que estamos fazendo a nossa parte ou algo de útil pelo país, sem ao menos ter consciência de voto. Nenhuma generalização é boa, mas nesse caso, é por causa da democracia, e do voto da maioria, que a vida da sociedade está nas mãos da ignorância e do egocentrismo dos canditados. Estaríamos fazendo nossa parte, se cada um dos eleitores estivesse individualmente preocupado com a vida social, sem se deixar ser influenciado por demais opiniões, o pensamento altruísta tem que vir espontâneamente de cada um, o que você realmente acha que é melhor pra vida do seu país, fazer do seu voto um voto único, justo e essencial, ignorando qualquer tipo de estatística, fazendo apenas sua verdadeira parte na sociedade. A eleição de 2010 foi a coisa mais desesperadora que podia ter acontecido esse ano, ninguém colocou as mãos na consciência para entender o quanto isso foi catastrófico e humilhante para nosso povo, a dignidade eleitoral morreu, as expectativas de um futuro melhor parecem estar morrendo também diante das mãos e dos olhos de todos os cidadãos. Eu, honestamente, nunca fui tão preocupada com política, deixo registrado aqui a minha negligência nesses 4 anos por não ter tido vontade de procurar me informar e entender. Mas eu ainda tenho 19 anos, posso correr atrás do meu prejuízo, e fiz isso através do meu voto nessa eleição, fiz parte dos 20 milhões de eleitores da Marina Silva, apoiei um projeto inteligente e idéias maravilhosas, focando a união do desenvolvimento sustentável e econômico do Brasil, relacionando todos os projetos de educação, sáude, e outros, a um único bem maior, o bem que mantém todos nós vivos, o meio ambiente! É uma pena que dentro dos 190 milhões, apenas 20 tenham entendido as propostas da Marina, como eu disse uma vez no twitter: " Ao contrário da Dilma, a Marina não tá ganhando votos pela ignorância da população, e sim pela sabedoria dela, mas é uma pena que hajam poucos sábios! " O povo quer resultados imediatos, não querem solução, querem maquiar o problema até ele se expor novamente e com mais densidade, por isso acreditam em propostas fáceis. Agora, depois de perder tantas inovações e oportunidades, a única coisa que me resta a fazer não é torcer a favor do Serra, é torcer muito para que uma pessoa, sem idéias e méritos próprios, como a Dilma, não chegue a presidência, e deixar aqui, meus sinceros votos de " Boa sorte, Brasil!! "

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Memória de mosca

Tem dias que eu acordo achando que esqueci de tudo... De como se escreve um texto, de como se toca aquela música no piano, de como se beija, da matéria que vi na faculdade no dia anterior, das roupas que tenho no armário, de como se come comida japonesa com os tais palitinhos, vulgos " Hashi ", não, na verdade não tem como esquecer disso porque é algo que em 19 anos de vida eu não aprendi! Mas enfim, esqueço de tudo, como se minha memória fosse apagada! Me sinto uma mosca, perdida no meio do infinito. Não lembro onde coloquei as chaves de casa mesmo estando com elas nas mãos há 3 segundos, me sinto submersa em um mundo escuro quando não consigo lembrar das coisas. Perder as coisas já é algo frustrante, mas que estou um pouco habituada (perco coisas a todos os instantes da minha vida), agora, esquecer das coisas, nossa, me dá um pânico danado, quero sair correndo gritando pra ver se alguém pode me lembrar de como se faz, quero explicar e jurar pra todo mundo que eu sabia fazer tal coisa melhor do que ninguém, e que é só um pequeno pane no meu cérebro de mosca. Ninguém acredita no que não se pode ver, e se você não conseguir cultivar tudo o que sabe, você é só mais um, sem nenhuma sabedoria em especial. Então, ou você exerce seus conhecimentos ou você já não sabe mais tudo aquilo que podia estar bem guardado na sua memória, é como o baú velho da nossa bisavó, quando ela vai querer abri-lo para te mostrar o conteúdo, já está tudo mofado e sem nenhuma hipótese de uso. Mesmo que falem que nosso cérebro é genial, e é claro que é, ele também é um grande sacana, e adora pregar peças, quando você menos esperar, você já não vai mais saber o que você sempre achou que sabia. Cheguei a essa conclusão hoje, por ser assim, não cultivar o que aprendo e acabar no mundo da ignorância, eu sei que quando eu preciso realmente até consigo lembrar, mas não aprendemos as coisas só para os casos de necessidade, o bom de aprender é poder se beneficiar desse aprendizado a qualquer momento. Eu deveria seguir mais os conselhos que escrevo aqui, se eu seguisse talvez não me sentisse assim, com essa memória de mosca, só mais uma mosca em cima da mesa melequenta da cozinha!




domingo, 12 de setembro de 2010

Rifa-se um coração!

Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário. Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um leviano e precipitado coração, que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu "...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...". Um idealista...Um verdadeiro sonhador... Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto. Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: "O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente. Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mas já ?

Parabéns para meus 19 anos vividos! UhLalah! Esse número pra mim soa tão estranho... Parece que ainda me vejo com meus 11 anos, admirando as meninas mais velhas, querendo ser como elas, andando com bolsas gigantes pela casa, pegando a chave do carro da minha vó e falando com as bonecas que eu ia sair de rolê com a turma, colocando um óculos de sol pink, um sapato de salto maior que meus dois pés, fingindo estar indo pra faculdade e encontrando meu namorado imaginário, meu Deus, passou rápido pensando assim, chega a dar até um arrepio na espinha de saber que essa mesma menina ainda tá vivinha dentro de mim, e se eu pudesse, ainda falaria com minhas bonecas (naquela época elas me entendiam muito bem, obrigada!), mas elas me abandonaram, devem estar por ai, ouvindo as confissões de outras garotinhas, e eu aqui, com todos esses anos pra recordar, tantas histórias, tantas aventuras e desventuras. Minha vida vêm me deixando meio confusa passando assim tão rápido. Hellooo, dá um tempo, querida! Eu ainda quero aproveitar minha juventude, mesmo eu sendo meio chata e rabugenta, ainda quero poder fazer mais besteiras sem tanta responsabilidade, eu gosto da minha preguiça jovial, gosto de chorar ás vezes sem motivo, gosto de me sentir carente e fazer cara de nenê pra conseguir colo, eu ainda quero aproveitar mais tudo isso, vai com calma vida, não precisa ter pressa! Eu quis tanto ter 19 anos, quis tanto essa liberdade, e agora, só quero um colo e um chocolate quente, um abraço que nunca me solte, um olhar de preocupação eterna, é isso que quero! Esse gostinho de liberdade também é gostoso, e tentador, confesso, mas depois de ser tão mimada na infância, e de ter tantos sonhos, agora tudo parece tão diferente de como eu imaginava que seria. Me sinto tão pequena, queria fazer merecer agora ter uma bolsa gigante, um sapato de salto, uma chave de carro na mão, um namorado de verdade, e uma faculdade. Talvez eu sinta um pouco de decepção, um pouco de bobeira, um pouco de tristeza, um pouco de felicidade, um pouco de euforia, um pouco de ansiedade, um pouco de preocupação, um pouco de todos os sentimentos explicariam o que sinto, ou nem assim eu conseguisse entender. Por quê mesmo eu comecei a escrever aqui ? Acho que é porque estava entediada de assistir Casseta e Planeta, e também por que tô achando esquisito ter 19 anos, parece pouco pra tudo o que já vivi, e muito pra pouca e humilde sabedoria que adquiri nesses anos. Pode ser que o que eu realmente esteja precisando é de uma bela bebedeira, uma vez, um sábio bêbado me disse que beber resolvia as angústias dele, e que de vez enquando ele ficava sóbrio, e ai se sentia bem melhor, quem sabe isso resolva meus problemas. Bom, então, se eu não voltar mais a escrever aqui vocês já vão saber que é porque não consegui mais voltar à meu estado sóbrio!



Ps: Meu aniversário foi ontem!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mais cinco minutinhos, ou dias!

O "adeus" as férias é uma coisa sempre muito deprimente! Por isso tô aqui agora, precisando desabafar, me entupindo de bolachas recheadas, cheias de carboidratos e açucares, ótimo pro meu triglicerides, ao som de Maria Gadú. Não que ela seja deprimente também, mas a voz dela acalma meu desespero. Eu passei essas minhas férias de Julho de um jeito bem sem graça, vou falar pra vocês, nunca pensei que passaria alguma férias da minha vida trabalhando, sei que isso é idiota e fútil, mas admito que se eu não for a pessoa mais preguiçosa do mundo, estou entre as primeiras. Falando assim também até parece que trabalhei em uma lavoura sob o sol escaldante, mas não foi tão terrível, trabalhei no escritório da minha mãe três vezes por semana, como já vinha fazendo. Mas sei lá, todas minhas férias meu ócio é sagrado, mesmo que ele já seja cultuado ao longo do ano, nas férias é primordial ficar em casa sem fazer absolutamente nada, e agora me pego fazendo muitas coisas durante a tarde, e por isso minhas férias acabaram em um piscar de olhos. Parece que foi ontem que eu estava dando pulos de cem metros comemorando as férias, e agora estou a alguns dias de tornar meu mar de rosas em oceano de espinhos. Vou retomar à minha teoria da ilusão benigna, juro que levei a sério, ela me ajudou bastante até, nem me reconhecia quando olhava no espelho e via uma menina feliz às 7 horas da manhã, foi bem útil, e tomara que continue sendo. Parei de escrever pra ligar o carregador na tomada, levei um super choque, acho que foi Deus me castigando por eu resmungar tanto, melhor eu começar a dar ênfase ao meu lado Pollyana desconhecido, ver o recomeço das aulas com olhos produtivos de uma nerd que senta da primeira fileira e fica com vontade de bater palma ao término de cada aula. Blé, estou mais pra ficar na fileira do meio me divertindo com os comentários ilícitos das minhas amigas, que aliás também fizeram muita falta nessas férias. Não pensem que sou uma aluna desleixada, nãnaninanão, também não sou lá uma gênia da justiça, mas esse semestre fui muito melhor que todos os meus anos da minha vida estudantil. O bicho pega porque preciso tirar muita coragem e força de dentro do cérebro pra raciocinar, e é por isso que o retorno à faculdade me desespera tanto. Odeio ser forçada a raciocinar, eu gosto de pensar sem pressão, droga! Agora sim, vou parar de reclamar antes que ao invés de choque caia um raio na minha cabeça. Ah, quase me esqueço que no meio de tanta chatice, há uma coisa boa, amanhã tô indo pra praia, curtir a maresia por um fim de semana, quem sabe eu volte menos ranzinza, o mar pode fazer milagres... Ou estragar meus cabelos!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nora Roberts - Mesa para dois

- Me diga o que sente!
Ela tirou um instante para estabilizar-se.
- Tudo bem! Quando eu cozinho, pego um ou outro ingrediente. Tenho minhas próprias mãos, meu próprio talento, e juntando tudo faço uma coisa perfeita. Se eu não achá-la perfeita, jogo fora. Não tenho muita paciência. - Ela parou um instante e imaginou se ele entendia esse tipo de analogia. - Eu pensei que se algum dia resolvesse me envolver num relacionamento, teria de haver esse e aquele ingrediente, e mais uma vez eu os juntaria. Mas eu sei que jamais seria perfeito. Logo... - Soltou um longo suspiro – Imaginei se também isso seria uma coisa pra se jogar fora.
- Um relacionamento não é algo que se cria num dia, ou aperfeiçoa num dia. Parte do jogo é continuar trabalhando nele. Cinquenta anos ainda não são muito tempo.
- É muito tempo para trabalhar numa coisa que sempre será um pouco defeituosa.
- O desafio é grande demais pra você ?

- Vamos vencer – Com a boca ele procurou a dela, e quando ela estremeceu, ele percebeu que era tanto de nervosismo quanto de paixão. Depois enfrentaria a paixão, agora ele ia aliviar os nervos.
- Se você quiser, fazemos um período de experiência – Começou a cobrir o rosto dela com beijos – Podemos até pôr isso em contrato... é mais prático!
- Experiência ? - Ela começou a afastar-se, mas ele a manteve perto.
- É, e se durante o período de experiência algum de nós quiser o divóricio, só terá de esperar até o fim do prazo do contrato.
Ela juntou as sombrancelhas. Podia ele falar de negócios agora ? Ousaria ? Ela inclinou o queixo em desafio.
- De quanto tempo será o prazo do contrato ?
- Cinquenta anos...



O beijo foi longo – lento – demorado.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Metrônomo Quebrado!

Não há mais notas certas...
Apenas coloque sua cabeça sobre meu peito e ouça meu coração.
Ouça cada batida, cada compasso, eu já não consigo lhe falar
qual é o ritmo, por enquanto só você poderia descobrir.

Tentei de todas as maneiras, mas ele é teimoso, ele é instável,

não me deixa acolhê-lo e aquietá-lo, ele me perturba, me atormenta,
ele te quer, e é só com você que ele se acalma.

Mas isso não é certo, como pode alguém ter a obrigação de cuidar de

um coração que não lhe pertence ? Não se pode esperar mais dos outros
do que de si mesmo. Agradeço pelos dias que você o acolheu,
não lhe culpo por deixá-lo algumas vezes sem amparo, por não conseguir
decifrá-lo e entendê-lo, até agora ninguém conseguiu.

Meu coração gosta das músicas mais longas, que demoram pra terminar,

mas proporcionam o auge do prazer durante ela, para que no fim, você
simplesmente possa entender que a música em algum momento
tinha que acabar, ou então você poderia ficar esgotado de ouvi-la, seus
ouvidos poderiam começar a zunir, e você nunca mais iria desejar ouvir
aquela linda música novamente.

Agora perdeu-se o som da música dentro da minha alma.

Decidi consertar e cuidar de verdade do que me pertence, e meu coração
é mais meu do que de qualquer outro.

Tiro toda sua responsabilidade, deixe-o só pra mim, eu o quero por inteiro,

mesmo que ele não queira, eu vou impor as regras, criar uma nova partitura
para que ele volte a bater no ritmo que eu gosto, que me faz bem!

Eu só quero sentir de novo aquele flutuar entre as notas que saíam dele, sem

preocupações, sem descontroles, quero emoções, sim, mas que sejam
recíprocas, músicas que não cheguem a fadiga, meu coração tem um desejo
insaciável por músicas novas, ele não pode mais ficar aprisionado a uma
única, e é por isso que o meu metrônomo já não consegue mais funcionar,
suas batidas andam confusas, sem ritmo e descompassadas.

Preciso consertar esse metrônomo do meu coração, para que ele volte ao seu

melhor tempo e ritmo. Eu vou liberta-lo de você de uma vez por todas,
e libertar você, dessa loucura de música que ele insiste em chamar de amor.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Diversão Banal

Sabem de uma coisa? Essa história de que todo mundo gosta de filme de terror é pura balela! Eu nunca gostei, e sinceramente, acho um absurdo mórbido quem faz esses tipos de filmes, e quem os considera uma diversão. Não é só pelo medo desnecessário, é pela realidade do nosso cotidiano, já não basta tantas tragédias, tantos sofrimentos, qual é o prazer de querer estimular as pessoas a terem medo do que de um jeito ou de outro vai acabar acontecendo? A morte é algo tão dolorida, não é algo que se deseje, nem algo que se encontre graça, não consigo entender o porquê das pessoas sentirem prazer vendo só destruição, medo e coisas que é nítido que não tráz nenhuma alegria, ou benefício, só sofrimento. Falam que existem filmes com um sentido mais lógico, mas eu não me refiro só aos filmes de terror trash, eu falo de todos os filmes que canalizam sua história na dor, em coisas ruins. Pra mim não existe filme de terror inteligente, como falam de Jogos Mortais e outros, pra mim tudo que é inteligente é com fundo altruístico, se pensa no bem dos outros, e não no mal. Ninguém tem o direito de tirar a vida do outro, e por mais surreal que seja o filme, a pessoa que o cria se baseia na violência, que é uma coisa inteiramente real no nosso dia-a-dia, onde toda a sociedade se torna uma lástima quando ouvimos ou presenciamos histórias de perdas, do terror real que se alastra pela violência, gerando assim o medo real, a dor real. Uma vez vi uma reportagem com o Zé do Caixão, e achei que tinha sentido o que ele disse. Ele disse que as pessoas gostam de filme de terror porque ficam de frente com o maior medo, que é a morte, mas ai eu me pergunto: Alguém deseja as coisas que acontecem nos filmes para os familiares ou pra qualquer outro ser humano ? Não acho que estou sendo radical, o que acho é que quem faz esses filmes esta plantando violência e terror, pra depois colher a desumanidade, pois as pessoas se acostumam a ver desgraça alheia nas telinhas, quando na verdade o foco de todas as pessoas deveria ser no amor, no bem da sociedade, na diversão, na alegria. Eu fico indigninada de ver as pessoas saindo rindo de filmes horríveis, como se fosse algo que deu a elas alegria, quando na verdade só os fez sentir tensão e medo, ver sangue e gritos. Não da. Acho que a raiz do mal está onde as pessoas menos percebem, e o que realmente acontece de ruim na sociedade é pelo comodismo que as pessoas tem em relação a todo sofrimento alheio, se ganhar dinheiro em cima do medo e do terror é algo banal, tão banal ainda é ganhar dinheiro em cima da ignorãncia da sociedade, e é por isso que os políticos fazem toda essa festa, e só o que a população sabe é reclamar dos resultados finais, sem ninguém perceber o que realmente está faltando pra haver melhorias...

Falta o essencial de todo ser humando, falta a humanidade!


É preciso enxergar muito além do que a maioria das pessoas conseguem!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Meias Palavras

Já virou rotina... Não é de agora que sou conhecida sempre como a errada, a mau criada, a rebelde sem causa, mesmo nem sendo todas essas coisas, juro que não, mas é assim que me rotulam. O pior é que não é a maioria das pessoas, não são as pessoas de fora, essas me acham normal, discreta e meiga. São as que mais deveriam me conhecer que dizem que sou assim, que sou errada, que me engano quase sempre com as minhas emoções. Tudo bem que não sou fácil de lidar, mas assumir a culpa de tudo também não é fácil pra ninguém, e eu acredito em mim, acredito no que sinto e no que me faz ir até o fim de uma discussão, acredito porque não sou de me validar em meias palavras. Eu gosto da verdade inteira, assim como as palavras inteiras, gosto de que saiam da minha alma, esvaziem meu coração, saiam saltitando inconsequentes por mais que não estejam no melhor momento de sair, eu gosto de não guardar elas e deixar que me machuquem com o remorço de não poder tê-las dito. Isso me dói muito, as pessoas preferem meias palavras, pessoas burocráticas e que se valem de posturas omissas, essas são as educadas, as certas e as gentis. Mas é tão fácil ser assim, é tão fácil se omitir de falar, deixar que pensem, deixar que falem, sem se preocupar com o que ficou subentendido, é fácil não estar sempre tomando as rédeas de uma discussão, é muito fácil não assumir seus verdadeiros sentimentos, evitar de ser julgado. O difícil mesmo é dar a cara pra bater, levar um tapa e dar a outra face, sem medo, com a única e expressa vontade de assumir sua posição e seus ideias, mas ao mesmo tempo, sem arrogância, querer discutir pra se chegar a um ponto comum, que possa causar um bem comum. Eu acho que nada que é bom para todos se resolve com a única e exclusiva vontade de uma pessoa, todas as pessoas devem se manifestar pra conseguir o que querem, são as vontades conjuntas que encaminham a uma vontade maior, e consequentemente a um bem maior. Pode ser que hoje em dia as pessoas já não valorizem mais quem se expressa de verdade, quem é sincero com si mesmo, as pessoas não valorizam quem prefere a sua verdade e luta por ela até o fim, elas querem pessoas manipuláveis, fáceis de lidar, que não querem discutir, expor o que sentem. Infelizmente eu vivo me questionando por falarem tanto de como eu sempre to errada, mas se eu for diferente vou estar me traindo, e acho que não vale a pena só pelo o que os outros acham, por mais que achem que me conhecem, com certeza não me conhecem mais do que eu mesma, e por incrível que pareça, sei que erro, sei que não estou sempre certa, mas quero que me provem, que me mostrem o porque estou errada. Afinal, todo mundo é inocente até que se prove o contrário, e já que errar é humano, e errar também é viver, a única coisa que posso fazer é sair cantando por ai aquela música do Kid Abelha, “Sou errada, sou errante. Sempre na estrada, sempre distante, vou errando enquanto o tempo me deixar...” E pelo jeito vou continuar levando a culpa, até que sintam falta de sinceridade, e ai possam me procurar, e ver que minha falta de educação, minha rebeldia, e minha insensatez, são erros válidos quando se quer lidar com pessoas reais, que mostram seus sentimentos reais, e que fazem por merecer ter sangue correndo nas veias, e que ao contrário das omissas, fazem você sentir o que sempre quis através de atitudes e palavras inteiras, com vontade de ser feitas e ditas, já que você, como qualquer outro, está acostumado com a indiferença das meias palavras que a maioria das pessoas insistem em usar.



quinta-feira, 27 de maio de 2010

Liberdade Efêmera

Achei essa minha redação do terceiro colegial jogada pelos meus documentos do computador, até dei uma risada irônica quando terminei de ler, afinal, apesar de ser tudo verdade, eu não sou a melhor pessoa pra falar disso, já que me escondo atrás de postes últimamente pra não ver uma vitrine de loja e virar uma massa falida. Enfim, achei interessante!

" Abrem-se as portas, pessoas entrando e saindo de lojas, sacolas, sorrisos é o que tipicamente se encontra nas ruas de hoje. As pessoas parecem estar plenamente felizes com uma simples sacola de uma roupa de grife na mão, outras se sentem onipotentes por andarem em um carro de última geração, e assim continua o ciclo do materialismo imposto a sociedade.
Após a revolução industrial as pessoas passaram a dar mais importância ao poder aquisitivo, ostentar o supérfluo, e desejar tudo em excesso. Á partir daí surge a publicidade, mascarando o capitalismo por meio do consumismo e nos iludindo de que somos livres para escolher o que queremos comprar.
Entretanto, a vontade de consumir produtos de grife, marcas caríssimas e etc, nos faz acreditar que precisamos daquilo para sermos aceitos pela sociedade, caso contrário somos tratados como inferiores. Na verdade não somos livres nem nas nossas vontades, pois essas são influenciadas através de anúncios e propagandas, em um mundo onde a nova “moda” é você ser o que você veste ou tem, portanto, vivemos em uma geração em que os bens materiais se humanizaram e as pessoas são acessórios do poder.
Contudo, conforme as pessoas consomem demasiadamente, elas esquecem do porquê de tanto consumo, tentam sanar angústias em um dia de compras, e confundem o essencial com o supérfluo, pois estão sendo guiadas por um padrão de vida imposto pela mídia, que se preocupa em fazer o ciclo do materialismo girar, visando apenas o individualismo e descartando o bem estar coletivo.
Em suma, devemos nos preocupar com a nossa liberdade de consumo. É necessário ter senso crítico para desvendar a alienação por trás de tanta efemeridade, e usar dos determinismos indesejáveis para reverte-los em prol de uma sociedade altruísta. "




domingo, 16 de maio de 2010

William Shakespeare

"Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou aqui!"


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma frase após a outra

Um belo dia eu estava sentada na cadeira dura do meu quarto, cansada de ver tv ( assim como estou, vendo tanta polêmica sobre a convocação do Dunga, deixe os meninos dos Santos no ritmo da Beyonce e vamos torcer meu povo! ) e entrei como de costume no post atualizado do fotolog da minha amiga Renas, e lá estava uma frase da Clarisse Lispector que me fez pensar por um bom tempo. " Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro... " E isso é muito verdade. Eu já quis mudar tanta, mas tanta coisa em mim, que chegou um momento em que eu olhava pra dentro do espelho e enxergava só uma aparência idealizada, e já não enxergava mais minha essência, e fui deixando isso ir adiante por um bom tempo, até que eu comecei a sentir falta de mim. Senti falta das idiotices que eu tinha parado de fazer pra agradar pessoas amargas, senti falta das verdades que eu parei de dizer pra agradar pessoas que não queriam amizade sincera, senti falta de chorar com vontade sem medo de borrar minha maquiagem, senti falta de dar gargalhadas de até doer a barriga sem me preocupar com o julgamento infeliz dos outros. Senti falta de ser feliz comigo mesma, e é por isso que essa frase da Clarisse me fez pensar tanto. Cortar nossos defeitos talvez não seja a melhor forma de melhorar, acho que o melhor a fazer é amolda-los com o tempo, tornando-os mais tolerantes com sabedoria e maturidade, e isso só se consegue com o tempo mesmo. Tentar ser sério quando você simplesmente só precisa de uma boa gargalhada pra se sentir bem, ou forçar um sorriso quando sua vontade é de torcer o nariz, isso torna a vida muita chata e despretensiosa. Eu deixei de lado o perfil idealizado que vagava pela minha mente, deixei de lado pra mostrar a mim mesma o quanto eu me faço feliz com meus mil defeitos e qualidades, e assim percebo o quanto eu consigo fazer os outros felizes também, embora meu namorado seja o que mais aguente meu geniozinho ruim, talvez ele não me amasse com a mesma intensidade se eu fosse um pouquinho mas fácil de lidar, ou bem mais fácil. Essas conclusões só aparecem mesmo quando a gente das as famosas cabeçadas da vida, ou com uma frase após a outra, até tento ser uma boa aprendiz, mas não vou mentir que já estou com uns belos galos.
Então, já que ninguém nesse mundo consegue ser perfeito, eu quero olhar sempre no espelho e enxergar tudo que eu realmente sou, com tudo de bom e ruim, e me orgulhar muito, sempre.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Teoria da ilusão benigna

Tô sem computador em casa, o meu pra variar desfaleceu outra vez, mas por grande generosidade do destino ( e do cartão de crédito alheio ) meu Netbook chegou ontem, e apesar de eu estar aprendendo a lidar com essa budega ainda, pelo menos da pra me manter um pouco "tecnologizada", já que perdi quase todas minhas fotos, meus arquivos, e só não perdi minhas músicas porque tenho quase todas no meu mp4. Malditos vírus!
Essa semana pra mim passou rápida, tranquila e feliz! Como vocês devem imaginar, estudantes de Direito vivem lendo imensos livros sobre diversos tipos de teorias, como na maioria dos cursos. E essas teorias acabam deixando a semana cada vez mais cansativa, tediosa e longa, assim como o trabalho e qualquer atividade ao longo da semana que não seja dormir. Pois então, minha nova teoria pra isso é a seguinte:

Ao invés de você acordar todos os dias se arrastando pelo seu quarto, se injuriando pelas horas perdidas e deliciosas do seu sono e pensando que ainda tem mais uma semana inteira de sacrifício e terror pela frente, você pode acordar todos os dias com a maior disposição e ânimo do mundo, e isso tudo usando apenas alguns artifícios ilusórios de sua mente, assim como você, que mente tanto e até acredita nas suas próprias histórias fajutas, use esses artifícios para se convencer de que todo dia é sexta-feira, principalmente naqueles piores dias que você acorda com o seu querido pé esquerdo, vejamos bem o quanto isso é legal. Você passa o dia inteiro feliz se iludindo e só se frustra no fim da noite, ao dormir, por saber saber que era tudo mentira e que na verdade você vai acordar dali a 5 horas, como no meu caso! E então você dorme, e acorda de novo pensando que é sexta-feira, já que a maior parte do dia passamos acordados e atarefados, devemos passar contentes e saltitantes, estudando, trabalhando e fazendo tudo de bom humor como se fosse véspera do nosso tão esperado final de semana. Você troca sua semana obscura e massiva como de um velho esclerosado ( mesmo que você não faça nada a semana inteira, pensar já cansa! ), por uma vida cheia de sorrisos como de um bebê, considerando-se um idiota por se fazer acreditar nisso tudo. Você ri de si mesmo, ri dos outros ( muito mais dos outros, como sempre ), e vive feliz! Finalmente quando você se cansar dessa teoria, você percebe que sua sexta-feira real chegou, e com ela um fim de semana cheio de música, álcool e diversão, ou uma cama mesmo! Só é preciso imaginação, acreditem!




quinta-feira, 1 de abril de 2010

Reflexão

Eu estive pensando em como o tempo passa tão rápido para algumas coisas e tão vagarosamente para outras, e isso me atormenta um tanto, pois tudo que vivi de bom não posso reviver, e tudo que vivi de ruim não posso esquecer. Ambos momentos de alegrias e de tristezas ficam agindo em minha mente de forma traiçoeira, me fazendo sentir saudades gritantes e muitas vezes arrependimento, de coisas que eu não fiz, de coisas que eu poderia ter feito diferente. Por outro lado, fico me perguntando, como podemos construir um futuro e viver um presente onde não temos um passado digno de se olhar de canto e pensar " Isto foi a minha vida e tudo que consegui até agora! " Se não tivéssemos a experiência adquirida nesse passado tão cheio de aventuras e desventuras, talvez não teríamos os mesmos objetivos e sonhos que temos hoje. Talvez estamos aqui para construir algo, algo que cada um de nós contribui, com os próprios pensamentos, as próprias histórias e os próprios sonhos! Algo que alimenta a esperança e a expectativa de um futuro melhor! Isso tudo é relativo ao tempo, ele muitas vezes cura feridas deixando as cicatrizes, muitas vezes desperta o arrependimento e logo abre novas portas para compensarmos. Ele nos joga de frente com o nosso maior medo, o fim da vida! É claro que ele vai chegar, e podemos ver a força dele no nosso dia-a-dia, tantas pessoas queridas, que chegaram aos seus supostos "fins", tantas que pareciam ter tanta coisa para viver e se foram, assim, sem nenhuma explicação para nos consolar... É, e quem foi que disse que precisamos de uma explicação? O que sempre nos resta a fazer é aceitar a dor e seguir em frente, as lembranças nunca morrem, somos crias de algo divino, e a nossa vida é fruto de um amor que as pessoas ainda desconhecem. A vida é divina, mesmo com as incertezas que ela nos trás, ela é somente para ser vivida, encarada de frente, como se nós soubéssemos para onde ela vai nos levar! O segredo é acreditar, ter sonhos, e lutar para que eles se realizem, vencer as dificuldades com trabalho e dedicação, aceitar as recompensas com glória e satisfação. A felicidade é feita de pequenos momentos, momentos que muitas vezes duram apenas minutos, mas que nos trazem tamanha alegria em viver e compartilhá-los com as pessoas em nossa volta. Levar alegria para aqueles que realmente precisam é outra face da felicidade que não pode ser escrita. A felicidade não tem fórmula. Ela é apenas a conseqüência de atitudes que lhe trará paz e satisfação. Portanto, como já dizia Renato Russo, “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...”. Dedicar o nosso precioso tempo em coisas que só nos faça bem, e nos preocupar em viver o presente, mesmo que o passado ainda bata em sua porta, aceite-o com tranquilidade, sem se esquecer do futuro!

( Escrito em uma noite de verão, de 2008 )



domingo, 7 de março de 2010

Exótico e interessante!

Hoje decidi fuçar minha caixa de e-mail, coisa muito rara, já que tenho 823 mensagens na caixa de entrada e costumo apagar 50 a cada vez que entro, mas lá estava eu, fuçando e respondendo os e-mails da minha linda priminha de oito anos, quando então abro um da minha mãe, falando sobre o significado dos nomes completos de cada pessoa. Nunca acreditei nessas coisas de tarô, ou pelo menos nunca tive a oportunidade de ver, mas o site é sobre isso e me surpreendeu muito. Quem resolver entrar com certeza vai ter uma grande surpresa, pelo menos o meu deu MUITO certo, é de arrepiar!!!
O site é http://www.taroterapia.com.br/arcano/cap.html

Pra quem quer me conhecer um pouco mais, ai vai uma grande chance, haha..

Meu arcano pessoal é:
3 - A IMPERATRIZ

Palavras
-Chave: Beleza e Criação

Acontecimento importante a nível psicológico aos 3 anos de idade ( Isso me arrepiou, já que aos 3 anos realmente algo que me marcou aconteceu! )
Percebe a mãe como símbolo de alegria e liberdade;
Espontaneidade;
Idealismo;
Senso estético apurado; O Amor é a base de tudo;
Capacidade de gerar muitos projetos e idéias;
Para a mulher: a gravidez é algo fundamental;
Para o homem: ter um filho é uma glória;
Embevecimento;
Cuidado com o narcisismo;
Gosto acentuado pela Natureza;
Sentidos apurados: gosta de tocar e sentir o cheiro das coisas;
Caprichos;
Vença seus ciúmes;
Gosta de decorar ou embelezar o ambiente;
Força emocional;
Romantismo;
Alegria de viver;
Feminista;
Quer se impor socialmente;
Simpatia;
Natureza agradável e festiva;
Sensualidade;
Atração por cores alegres e artigos finos ou de alta qualidade;
Natureza envolvente;
Aprecia namorar e viver momentos afetivos intensamente;
Fertilidade;
Aprecia estar à frente dos projetos;
Vença a inconstância;
Atenção à volubilidade;
Progressos materiais;
Muitos gastos pessoais;
Indulgência;
Perigo: não espere o que quer, que venha sempre fácil demais;
Libertação de conceitos;
Falta-lhe bom senso;
Superficialidade;
Pode atrair a competição de pessoas do mesmo sexo;
Riqueza interior;
Motivação pessoal;
Evite as chantagens afetivas;
Luta muito pelos seus sonhos;
Sedução;
Exigente nas relações;
Atrai os outros para si;
Expressão corporal;
Vitalidade e atividade.