sábado, 28 de janeiro de 2012

Inteligência emocional


Eu descobri que o amor é para os inteligentes...

Amor não perdura longos anos sem inteligência. Se você encontra um casal de idosos, de mãos dadas, sorrindo como se o tempo não tivesse passado e a juventude estivesse ali, eles só estão juntos porque lidaram com o amor da maneira certa.

A maneira certa que eu digo não é um amor incondicional, sem brigas, de filme ou novela, é um amor comum que foi moldado devagar, com paciência, e, principalmente, inteligência. Essa inteligência, não precisou de escola, não precisou de livros para ser adquirida, ela só precisou de reflexão e bom senso, ela foi usada da maneira certa e aos poucos, gradativamente, em diversas situações cotidianas, desde um olhar rancoroso à um abraço de reconciliação.

O amor não pede que você se anule, ele quer que você tenha personalidade suficiente para demonstrar suas vontades, para assumir suas idéias, pois só assim você ganha o respeito da pessoa que ama, e com inteligência você concilia suas opiniões e ideais com as do outro.

A grande diferença de amor e paixão é que, enquanto a paixão é incerta e devastadora, o amor é confiante e calmo, ele dorme dentro de nossas almas, deixando elas tranquilas e pacíficas. A paixão gosta de grandes emoções, um pouco dela com amor também faz muito bem, mas viver só de paixão é viver sem estabilidade emocional, viver agoniado, com medo de tudo não passar de ilusão. E é por isso que as pessoas se apaixonam com mais facilidade, porque a paixão é instintiva, fácil, é um desejo de posse, e para realiza-lo as pessoas esquecem de si mesmas, não importa se a mulher ou homem não está retribuindo todo seu afeto, todo seu desejo, não está sendo fiel, a paixão é meio burra, e ao contrário do dizem por aí, não é o amor que é cego, e sim a paixão, ela não vê o óbvio porque quer acreditar no que lhe convém, no que é mais simples, em uma ilusão. Muitas histórias podem durar anos não passando de paixão, mas, talvez, se essa paixão fosse usada com inteligência ela poderia ter se transformado em amor.

Quando amamos encontramos paz de espírito em outro corpo, em outra alma que não seja a nossa. Mas acredito que o amor não vive por si só, ele precisa de inteligência emocional, ou seja, conciliar os pensamentos opostos, as vontades distintas, ter paciência em aceitar os erros do outro, dialogar sempre, ser generoso e pensar em prol dos dois, perdoar, pedir desculpas, aproveitar cada dia da melhor forma, como se não houvesse amanhã... Enfim.

Usar inteligência para que o convívio seja quase sempre prazeroso, para que as brigas sejam aprendizados, para ser tolerante e paciente, para que sua própria personalidade seja relevada o suficiente para o outro te admirar, para que você seja retribuído como merece, e para que possa durar, quem sabe, para uma vida inteira.